A Associação “AMA Cariri” percorre vários municípios e diagnosticou mais 70% das famílias com autistas não conseguem acompanhamento com neuropediatras na região, entre outros profisisonais
Na região do Cariri, sul do Ceará, famílias enfrentam uma árdua jornada em busca de atendimentos de saúde para seus entes queridos com deficiências e condições especiais. Uma pesquisa conduzida pelo vice-presidente da Associação AMA Cariri, Frank Lane Macêdo Machado, revelou um cenário complexo de amor, determinação e falta de recursos.
O relatório detalha a pesquisa realizada na Região do Cariri, com foco em avaliar as necessidades das pessoas com autismo e outras deficiências, bem como a disponibilidade de serviços públicos para atendê-las. A maioria das informações foi obtida vim às respostas das mães (94,26%) das crianças. Os resultados apontam para uma carência significativa em várias áreas, destacando a falta de profissionais especializados, incluindo neuropediatras (71,59%), psiquiatras (39,74%), psicólogos (57,53%), terapeutas ocupacionais (81,64%), fonoaudiólogos (67,00%), psicopedagogos (52,51%) e fisioterapeutas (32,71%). Essa escassez de serviços essenciais representa um desafio significativo para as famílias da região.
“A nossa pesquisa revelou que uma parcela considerável das famílias não recebe todos os medicamentos necessários pela rede municipal de saúde (66,00%), levando muitas delas a arcarem com despesas adicionais (18,08%) ou a receberem apenas parcialmente (26,54%), o que gera dificuldades financeiras”, explica Frank Lane.
Outro ponto importante destacado pela pesquisa é a necessidade contínua de fraldas do SUS por parte de algumas famílias. Enquanto alguns recebem em quantidades insuficientes (5,74%), outros desejariam receber esse suporte (28,26%).
A Associação AMA Cariri relata esperar que os resultados dessa pesquisa sensibilizem as autoridades e a comunidade, incentivando esforços para melhorar o acesso a serviços de saúde essenciais para autistas e pessoas com deficiências na região do Cariri.
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