Imunizante utiliza tecnologia mRNA, mas falta de estudos revisados por pares levanta dúvidas sobre sua segurança e eficácia.
A Rússia divulgou que a partir de 2025 irá disponibilizar gratuitamente uma vacina contra o câncer, desenvolvida com tecnologia mRNA — a mesma utilizada em imunizantes contra a Covid-19, como os da Pfizer e Moderna. Segundo o Ministério da Saúde russo, a vacina é personalizada para atender às necessidades de cada paciente. No entanto, especialistas recomendam cautela com a novidade.
O cirurgião oncológico Dr. Diego Santos, do Cariri, destacou que, embora a notícia seja promissora, há falta de informações verificáveis sobre o desenvolvimento da vacina. “Estudos revisados por pares são essenciais para garantir transparência e qualidade na pesquisa. Eles analisam a metodologia, os resultados e as conclusões antes de um estudo ser aceito pela comunidade científica. Até agora, não encontramos nada sobre essa vacina em revistas reconhecidas”, afirmou.
De acordo com o especialista, para que uma vacina seja aprovada, ela precisa passar por três fases de testes clínicos rigorosos, que envolvem milhares de pessoas. “Esses testes avaliam a segurança, a dosagem e a eficácia do produto. No caso da vacina russa, nem mesmo sabemos em qual fase ela está”, completou.
Dr. Diego reforça a importância de questionar fontes e buscar evidências científicas antes de compartilhar ou celebrar notícias desse tipo. “A ciência avança com responsabilidade e transparência. Precisamos ter certeza de que algo tão importante quanto uma vacina contra o câncer é seguro e eficaz para a população”, alertou.
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Assessoria de Imprensa ComMonike